quinta-feira, 29 de maio de 2008

OUTROS OS TEMPOS

Ainda acreditaram que tinham virado a proprietários,mas aquilo foi sol de pouca dura. Mesmo assim,estavam cheios de sorte,pois as rendas que lhes exigiram eram modestas,coisa para amigo. Não viessem herdeiros mais exigentes.
Eram aqueles hortejos umas ricas fontes de mimos. Ele era batata e cebola. Ele era fava e ervilha. Ele era tomate. Ele era frescura,que ali bem perto corria uma vala sempre cheia de água.
De velhos braços vinha toda aquela riqueza. Só pediriam que os deixassem andar ali até não poderem,o que não estaria longe. A vitalidade,as cores que ainda mostravam àquele entretém o deviam.
Mas quando já não pudessem,tudo aquilo morreria. Converter-se-ia em matagal. Que os novos não estavam para os imitar. Tinham outros passatempos,pois outros eram os tempos.

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