Teria dado tratos à memória,já gasta de tanto a usar,e logo ali,em pleno passeio,é que lhe estavam ocorrendo as palavras salvadoras. Não fossem elas voltar aos subterrâneos onde se tinham escondido,do passeio é que ele não saía. Puxara do jornal e atirara-se, com entusiasmo, à solução das palavras cruzadas daquele dia.
Estava uma manhã bonita,uma manhã de primavera como deve ser,uma manhã inspiradora. No ar,cruzavam-se andorinhas e com ele cruzava-se muita gente. Nem reparava que se fizera num tropeço.
Para o café,nem pensar,com uma manhã daquelas. Não estaria de todo alheio,o que era sinal de esperança. Talvez ainda estivesse a tempo de se cruzar com outros passatempos,mais de acordo com alguém portador de um cérebro capaz de grandes prodígios.
E quem sabe se, um dia,não será visto feito tropeço no mesmo passeio,por estar germinando nele uma ideia nova,plena de promessas?
sexta-feira, 23 de maio de 2008
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