Era uma mansão que despertava as atenções,pelo perfil exótico,ali isolada,entre azinheiras. Naquela altura,parecia desabitada. Para que serviria?,apetecia inquirir. Não foi preciso indagar muito.Bastou ouvir as más línguas,sempre prontas a informarem.
Ali tinham ocorrido,com alguma frequência,cenas velhas como o mundo. Estava o sítio calhado para encontros furtivos. E quando duas vontades se conjugavam,lá era ela o palco escolhido.
Longe de tudo e de todos,ninguém daria por nada. Mas há sempre pássaros calhandreiros dispostos a não ficarem calados. E ali,naquele aconchegado arvoredo,não faltariam. E assim,facilmente se espalhavam boatos.
Uma coisa era,porém,certa. O palacete,nos últimos tempos,atravessara dilatados períodos de abandono. Algum facto anormal teria acontecido. É que um dos actores,o principal, de resto,estava muito velho,quase com os pés para a cova. Tinha de se refrear.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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