O homem tinha muito para contar e sempre que havia ouvidos atentos por perto,aproveitava para dizer de sua justiça. Ali,naquele posto de porteiro de liceu,o que ele já testemunhara. Os alunos,elas,em particular,estavam uma desgraça.
Ainda há dias,uma miúda,cheirando a fraldas,chamava nomes à mãe,que ele não queria recordar,quanto mais dizer. Uma tristeza. Mas as culpadas sei eu muito bem quem são. As mães,só as mães. Querem ser iguais aos homens,e,depois,é o que se vê. Não param em casa e a filharada anda aí à solta.
O lugar delas não é na rua ou no emprego. É no lar,a cuidar dos filhos,da comida,dos maridos. E parecia que estaria neles incluído. Aquilo eram desabafos demasiadamente sentidos,para virem com tanto azedume,com tanta reprovação.
Até a democracia veio à balha. Se não fossem essas liberdades que há agora para aí,nada disto tinha acontecido. Em casa é que elas deviam estar. Enquanto assim não suceder,a situação não se endireita.
Era um porteiro de respeito. Ai se ele mandasse. Coitadas delas.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário