domingo, 18 de maio de 2008

ÀS MOSCAS

Fazia um calor dos diabos,daquele de "está d'escachar". Apetecia,àquela hora da manhã já alta,estar recolhido numa sombra amiga. Era o que acontecia com um grupinho que cabeceava debaixo de uma frondosa árvore.Esperavam,certamente,que os não viessem incomodar com inquirições esquisitas. Pois andavam em maré de azar.
Um forasteiro queria saber,com falinhas mansas,onde ficava o museu. Ele havia cada um. O museu. Ainda se fosse a taberna de fulano ou a venda de sicrano,vá que não vá,mas o museu era mesmo de pessoa muito estranha,talvez de estrangeiro.
E o homem insistia,não largando as tais falinhas. O Manel era capaz de saber. Sim,isso ficava lá para baixo,ao fundo. Estaria aberto?,a pensar que iria bater com o nariz na porta,depois de ter descido uma respeitavel ladeira. Isso é que era saber demais.
O homem agradeceu,pedindo desculpa pelo incómodo,e já que tinha chegado até ali,aventurou-se. Estava aberto,mas a porta iria encerrar,sem apelo. Era absolutamente necessário irem descansar,depois de toda uma manhã às moscas.

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