terça-feira, 27 de maio de 2008

LÁ COMO CÁ

Tinha-se em muito boa conta e onde pousasse gostava de deixar rasto. Um menino muito prendado,espertinho e muito provocador. Ainda há pouco , tivera a ousadia de pôr em dúvida o interesse prático de certo estudo. Para que é que isso serve?,foi precisamente o que ele quis saber. Naquele tempo e lugar,era isto uma grande impertinência. Faria parte dos que embirram com o fundamental. Mas o mais engraçado era que o que ele estava a fazer contradizia-o. Ia-se lá entender uma coisa destas. Mania de colocar mal o outro, sobretudo,o parceiro do lado,que é o que dá mais gozo. Lá como cá. Depois,sabe-lá o que um estudo pode esconder?
Um dia,deu-lhe para pôr em dúvida a existência de certos países. Riscava-os do mapa. Onde estavam,lá nesses paises,os químicos,os físicos,os matemáticos? Não os via. Portanto,fora com eles. Parecia que ele, um dia,seria um deles,um que situasse o seu país no mapa. Ainda deu um ar da sua muita graça,mas,depois,apagou-se.

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