Lá estavam, em letras gigantes,as rendas mensais daquele rés-do-chão. No primeiro ano,cinco mil euros,cinco. No segundo,seis mil,seis. No terceiro,sete mil,sete. Como se vê,umas míseras quantias. Coisa para amigo.
Mas olhe que não é só aqui. Por estas bandas,é o que corre. Pois ninguém lhes pega. Mas dali não descem. Não são de mudar. Palavra de rei. Preferem tê-los,assim,vazios,às moscas.
Mais tarde ou mais cedo,alguém avança. Aí,seu valentão. Um outro faz o mesmo. E,para se defenderem,tabelam por alto. E a dada altura,está tudo pela hora da morte.
É o Mercado,Todo-Poderoso,Mercado que meia dúzia comanda. É isto um jogo,um jogo excitante,com paradas altas,só para corações fortes,corações de pedra. Nada os demove,são insensíveis.
Depois,seis, são muitos. E,mais tarde ou mais cedo,acaba por ficar um apenas,o da pedra mais dura.
domingo, 18 de maio de 2008
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