Um escrito que andava perdido. Os anos que deve ter,pois o papel já está um bocado amarelo. Parece valer a pena dar conta dele. E é assim.
Conhecem algum oportunista? Não? Pois eu cá sei de um. É pouco,mas é o que se pôde arranjar. Um dia,apanhou-me a jeito. Sabe,temos,pelo menos,uma coisa em comum. Não gostamos do chefe. Vi bem a cena de há uns tempos. Aquilo não enganava. E eu, calado que nem um rato,porque os cheiro. Vá,vai falando. Acontece que o sujeito pregou-me uma partida,a mim e à minha mulher. Não se fazia uma patifaria daquelas. Foi um valente prejuízo,pode estar certo. Temos de o afastar. Já falei ali com uns tantos e gostaríamos que você se juntasse a nós. É simples. Amanhã,quando ele for a entrar,já nós lá estaremos. Daqui não passa.
Já acabou? Agora,falo eu. É certo que não morro de amores pelo chefe. Mas isso é comigo e com ele. As suas razões,você as terá. Quanto a acompanhá-lo,não estou para aí virado. Não disponho de autoridade para o que pretende e suponho que ela também não está consigo. As coisas estão a seguir o seu curso e devemos ter paciência. Não insistiu,nem valia a pena.
O chefe lá ficou e saiu quando teve de sair. O aliciador de ocasião é que seguiu um caminho estranho. Parecia que ia numa direcção,mas de repente,sem qualquer aviso,inverteu a marcha. Um outro arrependido. E ganhou com isso,o esperto. Parecia ter cartão de livre trânsito.Entrava quando lhe apetecia e saía quando lhe calhava. Enfim,fenómenos. Que sentido de orientação certa gente possui. Em que escola terão andado ou serão autodidactas?
sábado, 24 de maio de 2008
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