Foi como um deslumbramento,uma volúpia. Estar ali a ver o amigo a dispor de um chefe que mandava muito ,que tinha um ror de pessoas dele dependentes.
Tratava-se de conseguir uma transferência. Pelas vias normais,só dali a muito tempo,no caso de atendimento. Mas havia pressa. E isso foi possível logo no dia seguinte,talvez pela consagrada chave de conveniência urgente de serviço.
Mas não se ficou por aqui. Foi necessária,novamente,a intervenção do amigo para uma outra transferência. E o amigo não se fez rogado. Parecia,até,gostar que lhe batessem à porta. Os seus desejos eram,afinal,ordens. E logo ali,mais uma vez à sua vista,sem regateios,se lavrou o despacho.
Não mais esqueceu a sensação nova que o visitara. Ali,bem ao lado do amigo,todo-poderoso,naquele gabinete de pessoa muito importante,ver as suas pretensões tornadas efectivas,sem qualquer obstáculo. Era como um sonho das mil e uma noites.
E dali em diante, compreendeu melhor porque se luta tanto pelo poder.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
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