terça-feira, 3 de junho de 2008

UMA GRANDE PRESSA

Chegou,e ,quase sem dizer água-vai,pôs-se para ali a apresentar o orçamento,mas,claro,só do lado do ter. Desta vez,foi uma senhora viúva.
Começou pela pensão,uma muito bem composta,pois o marido tinha uma boa reforma. Também trabalhara muito,não desfazendo. Coitado,quase não se gozara dela,visto ser muito doente. Já lá estava a descansar.
Depois,vendera a casa,que era muito grande. Deu um dinheirão,que o sítio era central. Agora,vivia num apartamento,ali perto. Era o segundo,pois desgostara-se do primeiro.
Os filhos,não queira saber. Estão todos muito bem. Um até andava muito lá por cima. Saíra ao pai. Quem sai aos seus,não degenera. Os netos são capazes de ultrapassar os pais. Em esperteza,ninguém os bate.
E por ali se ficou,que estava com uma grande pressa. Ainda bem,que o chão já dava sinais de não suportar tanto peso,de tanta riqueza.

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