domingo, 15 de junho de 2008

PARA NADA

Aquele jardim podia chamar-se jardim das oliveiras,tantas são as que lá puseram. Carregam-se de flores,que é um gosto olhar para elas. Vingam as flores na sua maior parte,que as condições,de água e de comida,não podiam ser melhores. É uma profusão de azeitoninhas por todos aqueles raminhos. Cintinua a ser um gosto olhar para elas. Mas bem cedo o gosto se vai.
É que as azeitoninhas dão em cair,que é uma dor de alma. Pode dizer-se que não fica uma para amostra. Todos os dias o chão se atapeta delas,ficando numa lástima,sobretudo,lá para o final do ciclo,quando da maturação . Nesta fase,chega a ser repelente.
É um cheiro a ranço o que por ali se sente. E tão forte ele é que até as formigas espanta. Não se ouve por ali perto um pássaro. Passam todos de largo,como fugindo de uma peste.
Dizem que não há remédio,que é da maresia. Pode ser,mas que é triste,é. Tanta promessa para nada. Antes as lá não pusessem. Querendo-os lá,o mais indicado era esterilizá-las.

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