As generalizações apressadas,além de erróneas,pelo menos,algumas vezes,não se sabe quantas,podem ser graves. Convém evitá-las,pois,mas são uma tentação,visto darem pouco trabalho e um certo tom de sabedoria,de abrangência,nas conversas.
Uns pândegos estão uma semana ali ou acolá,às vezes,apenas um dia ou uma tarde,e atrevem-se logo a fazer afirmações categóricas. As pessoas são isto ou aquilo,uns malcriados,uns porcalhões,uns ignorantes,muito inteligentes,muito simpáticos,uns cavalheiros,nem queria acreditar. Sobre as vistas vem uma avalanche do mesmo quilate. Só se vê erva,não se descobre um papel,está tudo muito arranjadinho,são montanhas por todo o lado,aquilo é que é saber aproveitar,parece uma horta.
Um dia,alguém passa, pela primeira vez, em certo país. Apenas se demora um fim de tarde e uma noite. Convive com meia dúzia de jovens,todos de relações cortadas com o tabaco. Se ele fosse dado a generalizações ligeiras,quando chegasse lá a casa diria à mulher que aquele é que é um país atilado. Vê lá tu que não há quem fume.
Quantas apreciações superficiais não são emitidas,uma vezes,despretenciosamente,outras,com ares de conhecimento profundo,para,talvez,espantar gente crédula. E se alguém se atrever a contraditar,olhe que não é bem assim,o país tem regiões muito diferenciadas,os comportamentos divergem,é olhado de alto a baixo,taxado de ignorante ou de ceguinho,e outros mimos equivalentes.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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