sexta-feira, 27 de junho de 2008

CHEIA DE MEDO

Aquilo teve a sua graça. Lá estavam as pacaças quase no caminho. As avezinhas,suas vigilantes,bem o indicavam. Veio o barulho do costume,para as espantar,para sairem dali,pois perturbavam a tarefa. Não é agradável andar a trabalhar,com inimigos por perto. Elas deram conta e há pernas para que vos quero. E foram os ruídos do costume,ruídos confusos,desencontrados,vindos lá de dentro da floresta do capim alto,que ali o vale quase ressumava.
E,sem esperar,o que se vê? Uma pacaça tresmalhada,em fuga,na picada aberta. Estaria cheia de medo,a pobre da pacaça. De patas bem flectidas,quase rastejando,em jeito de não dar nas vistas. Ela lá saberia. Os homens,às vezes,traziam armas,e ela iria desta para melhor.
Naquele caso,não havia uma sequer,e ela lá foi em paz à sua vida. As outras não tinham perdido a cabeça,não saindo do seu esconderijo,que era imenso.

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