quarta-feira, 2 de julho de 2008

LEVE BRISA

A maré vazia criava ali uma praia,que um esgoto se encarregava de acinzentar. Como era disto que estavam à espera,algumas famílias de pombos e de pardais não tardaram a virem sentar-se à mesa.
Havia que chegasse para todos e parece que muito sobejaria ,a atentar nos muitos pescadores que se perfilavam ao longo da muralha. Ali acudiria peixe que valesse a pena.
O dia era de primavera e corria uma leve brisa. Gaivotas faziam concorrência aos pescadores. Mal descortinavam um peixinho,picavam verticalmente à velocidade da luz,aproveitando para tomar banho.
Dali perto,vinham vozes. A brisa estava de feição. Eram dois a fazer coisas bem diferentes. Um,consertava redes. O outro,dava à língua. As aventuras em que estava metido,aventuras anunciadas aos quatro ventos. Mas não eram de mar.

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