quinta-feira, 17 de julho de 2008

LÍRIO EM PÂNTANO

Não era para acreditar. Mesmo ali,quase em frente do templo,que chegara lá muito antes,abrira porta uma casa de pouca vergonha. Era aquilo uma afronta,uma provocação,um atrevimento,um escândalo. Dia e noite,domingos e feriados.
As coisas não podiam ficar assim. Tinha de haver respeito. E logo uma comissão vai ter com quem de direito,que ouve e aconselha.
Tenham paciência,que é disposição que não vos deve faltar. É melhor não fazerem ondas,já os aviso,é melhor deixarem estar as coisas como estão. É que há grandes interesses em jogo e não se sabe do que é que são capazes.
A comissão tomou boa nota e temeu. Pensando mais,chegaram,até,a alegrar-se. O templo era como lírio em pântano. E podia acontecer,quem sabe?,que o lírio levasse ao arrependimento,a mudança de vida. Bastava que a um sucedesse.

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