terça-feira, 15 de julho de 2008

APARIÇÃO

Andava o menino passeando no jardim,que a manhã estava para isso,sentado num carrinho conduzido pelos avós. Jardim é um modo de dizer,pois quase não vai além de uma estreita tira relvada. Mas é o melhor que há por ali.
O menino estava encantado com as flores,com os passarinhos,com o laguinho,onde meia dúzia de peixes vermelhos fazem pela vida. De repente,como numa aparição,entraram mais dois actores no palco. Nem mais,nem menos,um cavalo com o seu cavaleiro,a trote ligeiro. Assim chegaram,assim foram,vindo não sa sabia de onde.
Não se tratava de arauto de um circo que ali perto estivesse. De resto,o cavaleiro tinha assim o aspecto de alguém com coudelaria,muito bem paramentado,como para uma parada ou coisa parecida. A descontracção do cavaleiro indicava,até,que ele andaria em terreno seu. Estaria aquele espaço destinado a outra função?
Como quer que seja,o menino divertiu-se muito,ao contrário dos avós,que entraram em pânico,o que não era para menos. É que a montada quase roçou o carrinho,de tão apertada a vereda é. Era de júbilo a sua carita,e ,enquanto os pôde ver,cavalo e cavaleiro,a sua mãozita não se cansou de os apontar.

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