quarta-feira, 16 de julho de 2008

IRREQUIETO

Os seus olhos visavam muito lá por cima,parecendo não dar conta do que à sua volta se passava. Mas dava,só que não queria que se soubesse. Tratava-se de um ardil,de uma manha,para apanhar alguns desprevenidos.
Anos tinham corrido,não muitos,mas para ele uma eternidade,e a sua figura quase se não vira,e a sua voz quase se não escutara. Pois não tardaria que tal radicalmente se alterasse,para bem da humanidade.
Para começar,inscrevera-se. E quando alguém como ele fazia este muito sério gesto,não era para ver a caravana passar. Era,antes,para se pôr bem à frente dela. Seria o que ele estava arquitectando?
O que havia a fazer era esperar e ver o que dali iria sair. E seria rápido. Porque ele,quando tomava uma decisão,era para logo agir,sem perda de um segundo sequer. Hesitações,é para os fracos,os timoratos,e com esses não se importa a história,onde ele queria,merecia,estar na linha da frente.
Que ele era superior,não restava qualquer dúvida,pois já o tinha mostrado em vários palcos. Mas havia indicações de que era,também,muito irrequieto. E assim,podia acontecer surpresa.

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