quarta-feira, 16 de julho de 2008

UMAS VOLTINHAS

Um desastre não estava no programa,mas,às vezes,as coisas acontecem. Bastava um pequeno declive,uma pedrinha fora do lugar,uma ligeira saliência,e a caranguejola deixaria de cumprir a sua missão,sobretudo se a carga estivesse mal distribuída. E foi o que aconteceu.
Que ideia a de alugarem a carripana,altas horas da noite,para darem umas voltinhas. Ainda se fossem duas jovens,vá que não vá,mas não. Tratava-se,muito ao contrário,de uma senhora que teria mais de oitenta anos,e de uma outra que andaria pelos sessenta. Isto chegaria para causar apreensões.
Mas o mais grave residia na disparidade dos pesos. A velhota lembrava uma peninha,enquanto a companheira ultrapassaria bem os cem quilos. Sentadas lado a lado,o desastre ocorreria,mais tarde,ou mais cedo,como era de prever. Mas talvez se tivesse evitado se a velha senhora fosse ao colo.
Felizmente que não passou isto de um grande susto. A mais nova deve ter servido de almofada. Foi capaz de ter havido repetição,pois que,uma vez recompostas,lá continuaram nas voltinhas.
Afinal ,estavam copiando,à sua maneira,um outro atrevimento,também cheio de perigos,de que o local onde se encontravam era uma feliz lembrança.

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