quinta-feira, 17 de julho de 2008

UM ENCANTO

A família tinha de ser apoiada. Para não a cansar muito,dava-se-lhe casa e uma porção de terreno,à sua medida,nem mais,nem menos,contas bem feitas. Mais não podia ser,pois , assim,era preciso fornecer-lhe máquinas,o que seria um luxo,um esbanjamento. Em alternativa,teria de recorrer a assalariados,mas isso também não. A família quer-se remediada.
Terra abundava,mas também não se podia exagerar. As courelas eram um encanto,de maneirinhas. Semelhavam hortas. Apetecia mesmo registá-las para as exibir. E foi o que se fez.
E,um dia,alguém veio mostrá-las,que aquela beleza não podia permanecer incógnita.Obra feita é para se ver. Lá estavam bois puxando carros cheios a mais não poder e outros quadros do mesmo quilate. O enviado manifestava vivamente o seu regozijo. Aquilo também a ele se devia,pois participara na sua concepção.

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