Estava,naquela altura,livre de perigos como os de há centenas de anos,a vetusta abadia. De onde em onde,naquele passado longínquo,lá vinham eles,homens mais do norte,tentar reduzi-la a cinzas. Algumas vezes o conseguiram,que a história assim o relata.
A tarefa não se mostrava nada fácil. Em primeiro lugar,tinham a barrar-lhes a caminhada uma alta e grossa muralha,que ainda lá se encontra,do tempo dos romanos. Atestava esta a irrequietude dessa brava gente.Transposta esta,deparava-se-lhes,a pouca distância,a garganta de um rio.
Admirava que a tivessem erguido tão perto de semelhante inimigo. Só uma grande fé o poderá explicar. Quase à vista dele,voltavam a pôr pedra sobre pedra. Mas seria sol de pouca dura. Nada,porém,os impedia de recomeçar. E lançavam-se,de novo,à empresa,talvez com redobrada determinação,esperando que dessa vez fosse para sempre.
Lá se encontra hoje,apontando,porventura mais tranquilamente,para o céu,não tão magestática como outras suas irmãs,mas em jeito humilde,que também atinge as alturas. Muito perto,estende-se um parque que a liga ao rio. Teria sido por aquele chão que se tinham feito as investidas de variado sucesso. Naquela altura,eram gritos de crianças,nas suas brincadeiras,que se ouviam.
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