domingo, 13 de julho de 2008

UM REFÚGIO

Aquele palácio,ali como que escondido em desolada serra,dava que pensar. De linhas modernas,não condizia nada bem com aquele enquadramento agreste. De quem seria?,apetecia inquirir. Não demorou muito a resposta. Tinha gente,um guarda apenas,na altura. E,claro,um cão de má catadura. Dera logo sinal de si,e que sinal,de não parar ali muito tempo.
O guarda não se fez rogado. Para ali sozinho,coitado,a maior parte do tempo,suspirava por conversa. E ficou-se rapidamente a saber de quem aquilo era. Raramente ali permanecia,por via dos seus muitos afazeres.
Não seria este palácio mais do que um réfúgio,por ocasiões de maior aperto,para recuperar das duras lides. O guarda não o disse assim,claro,mas não se estaria longe da sua serventia. Estaria,também,muito longe de ser o seu dono o primeiro. Parece ser receita muito comum.

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