sexta-feira, 25 de julho de 2008

O FESTEJADO

A azáfama que tinha havido por ali para se encherem depósitos,tonéis,vasilhas. Ainda não era o vinho,mas,com o tempo,lá chegaria. A vindima chegara ao fim. Nos ares pairavam restos de aromas que se tinham escapado dos lagares.
Era o vinho que os sustentava,era o vinho a sua riqueza,merecia,por isso,que o festejassem. E ali estavam eles e elas a recriar os passos essenciais. Foi um cortejo de horas,pois muitas tinham gasto para dar esses passos.
Lá se explicava a poda,a cava,os outros amanhos culturais. Lá se mostravam os cestos repletos de novidade,as dornas,os lagares,as prensas,o laboratório. Lá desfilaram os braços necessários.
Os gestos indispensáveis todos os puderam ver. Os cantares é que mal se ouviram,que os tractores assim quiseram. Não faltaram as crianças,a apontar a continuidade da acção criadora.
A hora era de regozijo universal,pelo que os actores tiveram casa cheia. E o vinho,o festejado,só recolheu,quando se viu sozinho.

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