Há homens que lhes dá para coleccionar damas. Uns,fazem-no pela calada da noite,outros,pela calada do dia,outros ainda,pela calada do dia e da noite. Um certo homem era desta terceira classe,todas as horas lhe serviam.
Vivia numa terra,nem grande,nem pequena,uma terra assim-assim. Tinha todo o tempo para as suas meninas e uns tempos muito curtos para a sua esposa. Esta andava muito triste,o que não era para menos,mas não havia nada a fazer,ele nascera já assim.
Era também um homem de caprichos. Coisa que lhe apetecesse,desde que não fosse a lua ou o sol,ou os seus muitos irmãos ou irmãs,tanto faz,era coisa possuída ou feita. E um dia,há sempre um dia,pensou em instalar a favorita mesmo em frente da legítima. Nessa mesma hora,ficou tudo arrumado. Já se podiam espreitar as duas. A esposa,coitada,à socapa,por detrás das cortinas,a outra,às claras,pavoneando-se.
A ousadia,o capricho,ou lá o que se queira chamar,pode ter tido desenvolvimento,não se sabe. Era homem para isso e muito mais. O ideal seria que as duas casas comunicassem,ficando ele com a chave e a tranca. Ter-se-ia atrevido?
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário