terça-feira, 1 de julho de 2008

PERDA DE TEMPO

Ali estavam aquelas quatro almas contemplando o mar. Dum lado e doutro,estendiam-se longas tiras de areia apinhadas de gente. Viam-na de longe. De mais perto,seria uma tentação,porventura um pecado. No cimo daquelas rochas,onde se sentavam,sentiam-se protegidos.
Muito pouco os unia,talvez só a solidão disso se encarregasse. Não chegara ainda a hora de procurarem companheira,era o mais certo,mas já se estaria fazendo tarde. Coisas que acontecem,vá-se lá saber porquê.
Como quer que seja,pode dizer-se que não era um conjunto para durar. Um ligeiro aquecimento chegaria para o desfazer,quanto mais um de muitas calorias. E foi o que sucedeu,quando a tal hora soou.
Não mais foram vistos naquelas contemplações serôdias. Notava-se logo,mesmo à vista desarmada,que aquilo não tinha jeito. Era uma perda de tempo e uma ofensa à paisagem. Constou até que o mar estivera para intervir,expulsando-os dali.

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