domingo, 13 de julho de 2008

ASAS

De tanto andar por ali,por aquele maneirinho jardim,morada de tanto passarinho,já os vai imitando. De dia,não quer outro poiso. Ele e mais os seus teres,acondicionados em bem meia dúzia de sacos. Por ali se senta,por ali se inteira do que se passa no mundo,de jornais que enchem contentores. Mas,acima de tudo,é ali que,pelo menos,ganha para o almoço. E isto,porque é ele que se encarrega do lixo de uma esmpresa de comida ao domicílio.
Pernoitar,não se sabe onde o faz. Mas não é de admirar que venha a ser visto,á noite,estendido num banco,a recobrar energias. Quanto à higiene,não terá dificuldades,pois água não falta e outras amenidades.
Para ser passarinho, como os seus muitos vizinhos,não arranjou ainda asas. Mas quem sabe se,um dia,não as terá?

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