domingo, 10 de agosto de 2008

A MAIOR FORTUNA DO MUNDO

O senhor era pai e tinha um filho deficiente profundo. A senhora era mãe e coubera-lhe igual sorte. Não seriam muito diferentes os seus sofrimentos,ao contrário do comportamento em público.
O senhor era um revoltado. Estava-lhe na cara e nos modos,apsar de tantos anos volvidos. Era ferida que sangrava sempre. Porque lhe havia de ter calhado a ele?,era o seu repetido queixume.
A senhora nem parecia estar passando por tal transe. Toda ela era comunicação,toda ela eram sorrisos. Resignara-se,não havia dúvida. Teria,talvez,compensações de vulto. É que parecia nadar em dinheiro. Às vezes,até o mostrava.
Era de crer que ao senhor,pelo que se tinha visto ao longo de anos,uma abundância assim pouco lhe adiantaria,ou nada. Nem que fosse,talvez,a maior fortuna do mundo.

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