domingo, 31 de agosto de 2008

UMA FORTUNA

Que memória a dele. Não haveria muitas assim. De invejar mesmo. E também,de vez em quando,de o provocar. Olha lá, tu não te sentes ,às vezes,em dívida? Uma memória dessas vale uma fortuna. A sorte que tu tiveste. Assim,sem mais nem menos,recebes um presente destes,um presente para toda a vida.
Não te ocorre,uma vez por outra,agradecer? A quem? A gente sabe que tu com Deus não queres nada. Mas tens o teu pai,a tua mãe. Agradecer a um ou a outro,ou aos dois. Eu agradecer a memória que fui eu que a fiz? A agradecer, era a mim,a mais ninguém. Era assim. Mas não era mau rapaz.

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