quarta-feira, 20 de agosto de 2008

A MUITO DESPROPÓSITO

Vejam lá o que há tempos testemunhei,dissera o senhor Joaquim. Estava eu à espera de que uma porta se abrisse. Não eram essa uma porta qualquer,não senhor,eram uma porta de variados desempenhos, muitos deles de alta qualidade.
Pois qual não foi o meu espanto quando dou com a estrela daquela tarde,uma estrela,por sinal,de muito brilho,a querer saber onde é que iria actuar. Então, ninguém da casa daquela porta estava ali para receber tal astro? Apenas a menina da recepção,que não sabia como se proteger de tanta luminosidade,a dar as suas tímidas indicações?
Alguém que estivera ouvindo isto,não resistira. Sim,conhecia muito bem essa casa,não só por dentro como por fora. Ainda há dias lá brilhara.
Não vinha isto nada a propósito,mas sim a muito despropósito,pois nenhum instrumento ele tocava. Mas não podia perder aquela rica ocasião para aparecer no palco,bem à frente,para que todos o pudessem ver e admirar. Não teria o dia ganho se tivesse enjeitado aquela oportunidade,de,mais uma vez,se mostrar. Era assim,e não havia nada a fazer.

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