O povo não é estúpido. É o que,em certas ocasiões, muito especiais,é dito por algumas personalidades. Não se sabe se essas personalidades se consideram do povo. Incluindo-se,como é de admitir,não serão,também,estúpidas. Não fazendo dele parte,é de admitir que,também,não o sejam,pois o não ser estúpido não será qualidade exclusiva do povo.
Mas porque aproveitam estas muitos especiais ocasiões para,repetidamente,o afirmarem,não vá o povo estar desatento? Será para arranjarem nele,no povo,um aliado? O povo não quererá ser estúpido,não os imitando. É que elas,essas personalidades,não serão nada estúpidas,pois sabem muito bem o que querem,sem hesitações. O que elas querem é que é bom para todos,incluindo o povo. Sigam-nos e não a outros. Elogiando-o,não considerando o povo estúpido,contam que assim sucederá.
Não é de,facto,com vinagre que se apanham moscas,como é muito bem sabido,até de há muito. E estas personalidades sabem-no ainda melhor. Têm a ciência toda,assim se pode dizer. Com esta bagagem,não há estúpido,por mais estúpido,que lhes resista.
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