domingo, 31 de agosto de 2008

CESTO DOS PAPÉIS

Era uma senhora já reformada. Uma senhora que ainda tinha muito para dar. E deu,fora do seu país,passando um mês ali,outro mês acolá,por via das suas muitas amizades.
Num deles, teve uma grande surpresa. Olha o que eu estou a ler? Era a capa de um trabalho sobre uma matéria da sua especialidade. Ora vamos cá ver se esta gente sabe do que eu fiz. E qual não teria sido o seu espanto,ou outra coisa qualquer,que nem a mais leve referência lá vinha sobre o que ela tinha feito. E teria ficado triste,e teria atirado o trabalho para o cesto dos papéis.
Este atirar foi o que foi espalhado aos quatro ventos. Estava lá e vi,eu seja ceguinho. E não se cansava ele de o repetir. Afinal,o trabalho não valia nada. A mim cá me parecia. E fora preciso essa senhora vir lá de fora para dizer que o rei ia nu.
O calor que punha na denúncia era tal que alguém pensou que não fora a senhora que atirara,mas sim ele mesmo. E está-se mesmo a ver porquê.

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