quinta-feira, 28 de agosto de 2008

DEZ FARIAM MELHOR

Era caso para o homem andar angustiado. É que o material com que trabalhava não se podia reduzir a números. Aquilo era mesmo como o cada cavadela sua minhoca,todas diferentes no tamanho,na forma,na cor.
Pois não era de desanimar ,entre outros factos,o saber-se que decorrido o tempo necessário para se apurarem conclusões que servissem de guia,logo apareciam novas variedades,que,como o nome sugere,apresentavam novas características,novos comportamentos?
E quando pensava em muitos que poderiam beneficiar com as últimas aquisições,para quem certos conceitos eram coisas de outro mundo? Não mais se esquecera de que,em certa ocasião,ficara muito admirado ao verificar o desconhecimento das medidas de área do sistema decimal. Como poderia haver entendimento?
Depois,o senso de alguns que os levava a perigosos exageros. Tinham-lhe dito que devia aplicar apenas cinco. Parecia-lhe pouco. Se cinco faziam bem,dez,certamente,fariam melhor. E vá de pôr dez,com o risco de intoxicar o sistema num ou noutro troço,ou em todo ele. Havia quem exultasse com tais exageros,pois só viam o dia de hoje.
E o fraco valor de certas obras julgadas de grande interesse ,quando se tinham ignorado factores essenciais?



Mas não era para admirar que à sua beira se vissem estas coisas,quando lá fora se passavam casos similares. Pois não estivera com alguém de certa especialidade que fora mandado de uma zona tropical para uma temperada,como de uma simples mudança de camisa se tratasse? Antes de ensinar,teria de aprender. E no final,foi capaz de ter lucrado mais ele do que os outros que esperavam dele conselhos. Tinha-se seguido logo o contacto como outro que fizera o circuito inverso. A aparente ligeireza de tais deslocações. E aquele de um professor de química de um país avançado que decidira ressuscitar uma disciplina que fora abandonada por caduca,quando um aluno lhe respondera que o simples cloreto de sódio,o que está no sal das cozinhas,era um material de construção?

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