quarta-feira, 20 de agosto de 2008

CAPRICHO DO PADRINHO

Os quadros estavam ali para serem vistos e apreciados,e dois andavam por lá mirando-os. Ela,uma senhora,com olhos de artista que também era,e ele,por simples curiosidade. Estando eles ali ao pé da sua porta,seria uma pena e uma perca não ir lá espreitá-los.
Essa essencial diferença de olhares não impediu que ambos chegassem à fala,em que se incluiram apresentações. Foi a senhora que se antecipou. Era de família muito ilustre.
Mas que coincidência,disse ele. Parecia haver ali parentesco,ainda que longínquo,mas não,apressou-se ele a esclarecer. Não passava de um plebeu. Tinha sido um mero capricho do padrinho. Em boa hora o tivera. Não lhe deixara teres,mas pusera-lhe um nome que lhe dera muito jeito lá na escola.

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