segunda-feira, 18 de agosto de 2008

NECESSIDADE

Dum dos ombros,pendia vistoso tapete,que quase varria o chão. Nas mãos,levava o resto da mercadoria. Andaria pelos vinte anos e o corpo era esgalgado.
Naquela manhã,coubera a vez àquela terra raiana,onde todos os sábados tinha lugar uma feira de muitas e variadas coisas. Talvez tivesse sorte,talvez o seu artigo muito especial viesse cobrir alguma falta.
Estava ali uma esplanada prometedora. Numa das mesas,um exuberante trio bebia cerveja como se fosse a última vez. Parecia haver nela dinheiro que se visse . Ainda insistiu uma e mais vezes,que ele precisava de reduzir a existência em armazém,mas em vão. Pior do que isso. Se não fugisse dali a tempo,tinham-lhe ficado com todas as peças,mas de graça. Aquilo era gente para tal façanha e para outras muito mais arriscadas.
A que pode levar a necessidade e a pouca experiência. Estava-se mesmo a ver que viria a ser maltratado,que aquilo eram flores de não se cheirarem.

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