domingo, 10 de agosto de 2008
PEDRAS DE TROPEÇO
Produção de armas. Produção de drogas. Compra de umas e outras. Consumo de umas e outras. Paraísos fiscais. Nacionalismos exacerbados. Tráfico de crianças. Abuso de crianças. Tráfico ilegal de órgãos. Cobiças. Invejas. Ciúmes. Despeitos. Vaidades. Raças. Etnias. Tradicionalismos doentios. A galinha da minha vizinha é melhor do que a minha. Dantes é que era bom,que saudades. Eu cá nunca erro. Eu cá não sou desses. Proteccionismos. Nepotismos. Tráfico de influências. Passagens por favor. Tráfico de mulheres. Coisas do passado que nunca esquecem. A Velha Europa. As guerras por tudo e por nada. Nunca me irei esquecer do que me fizeram a mim e à minha família. Traições. Enganos. Explorações. Ofensas de bradar aos céus. O que eu passei nem ao meu maior inimigo o desejo. Fomes disto e daquilo. Miséria. Carências de coisas fundamentais. Consumismo desenfreado. Oh mãe,eu quero,e pronto. As modas soberanas,muitas sem jeito nenhum,para alguns,claro,haja respeito. Intolerâncias. Absolutismos. Medos. Ameaças. Chantagens. Faz de conta. Fronteiras. Eu cá é que sei. Mentiras descaradas,e sem o ser. Hiprocrisia,que bicha esta. Descrença. E DEUS que não há meio de aparecer,ali bem à frente,a dar uns valentes puxões de orelha,a gente que perdeu a vergonha,sabe-se lá porquê. Ele tem havido tantas invasões,tantos cruzamentos,eu sei lá de quem são os genes que em mim moram. A sorte que eu tive de não ser isto ou aquilo,uma variedade de caras e de pareceres. De uma só cara e de um só parecer,parece haver muito poucos. A sorte que eles tiveram,ou não,sabe-se lá.Se calhar,tramaram-se. Mas isso que importa?,como dizia alguém de muito mérito,pois há-de se abrir uma porta onde me ponham um pratinho de sopa à porta,que eu não quero incomodar.
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