sábado, 27 de setembro de 2008

SACRIFÍCIOS

Coitada da senhora,precisava de desabafar. Aqueles dois que andavam por ali há uns tempos tinham cara de a ouvir e aproveitou.
A filha não havia meio de acabar o curso. Faltavam-lhe apenas duas cadeiras. Atrasara-se,pois era muito boa rapariga. Não era por ser sua filha,mas estava ali uma santa. Era incapaz de dizer não,pelo que ajudava meio mundo,ficando ela para trás.
Depois,arranjara uns trabalhinhos à noite. Tinham-lhe feito muito jeito,pois a mãe pouco a podia ajudar e ela estava numa idade muito exigente,como deviam compreender. Era ainda muito nova,precisava de se divertir.
Deus a ajudasse a acabar aquele curso bem depressa,que já não era sem tempo. Tantos sacrifícios meus e dela,sim,que a moça também não se tinha poupado.

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