sábado, 20 de setembro de 2008

FAZ O JEITO

Ao tempo que se não viam aquelas duas mães. Podia ter sido o novo encontro na rua,a uma esquina,num descampado,onde não se visse gente,mas não. Tinha sido precisamente num lugar público,muito frequentado àquela hora matinal.
Falavam de alto e falavam dos seus meninos. Uma delas pusera o seu na creche,mas a outra não tinha onde o deixar,pois o dinheiro não dava,era curto. Andava ali,pois, muito ralada,o que não era para menos. Olha,faz como eu. Paga-se lá conforme a renda,mas eu não declarei quanto ganhava. E todos ali podiam ter ficado a saber quanto era. Declaro muito menos e o patrão faz o jeito de o confirmar.
Assim,com o dinheiro que poupo,posso ir matar saudades da terra,que,como sabes,fica lá longe. Ainda há dias fui lá. Pena é que o avião fique tão caro,se não ia lá mais vezes.

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