quinta-feira, 25 de setembro de 2008

MINA DE OIRO

O senhor era muito rico,mas também muito trabalhador e muito fraterno. Certo dia,vá-se lá saber porquê,deu-lhe para servir a causa pública. E empregou-se.
Onde ele assentou arraiais,resultou o que era de esperar. Um rio caudaloso de realizações,que pediam meças cá e lá. Mas porque também era humilde,foi visto,algumas vezes,a desempenhar tarefas de carregador. E porque,às vezes,o dinheiro demorava,de bom grado o tirava do seu bolso.
Mas havia uma coisa que nada lhe agradava,e que era`o de se submeter ao horário clássico,das nove às cinco. E se lhe apetecesse estar até à meia-noite? E se não estivesse para se levantar às oito?
Fez então uma proposta. Cumpriria o tempo da lei ,ou mais,o que acontecera muitas vezes,mas queria entrar e sair quando lhe apetecesse. Isto,claro,depois de se ter observado o tal rio de feitos.
Pois levou com um redondo não. E assim,lá se desperdiçou uma mina de oiro.

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