domingo, 14 de setembro de 2008

RICO FILÃO

O moço precisara de almoçar e de jantar em certa terra,onde estava de passagem,por uns tempos,e à senhora dera-lhe jeito tê-lo à mesa. Sempre eram mais uns cobres para os seus alfinetes.
Lá em casa,naquela altura,vivia apenas ela,pois o companheiro tivera de se ausentar. Está-se mesmo a ver a sorte da vizinhança. De repente,sem o esperar,caíra-lhe,mesmo ali ao pé da porta,um rico filão para explorar. Que lhes fizesse bom proveito.
Nalguma coisa haviam de falar,ela e ele. Mas foi ela que mais falou,pelo irresistível interesse em dar conta da sua riqueza. Era tudo do melhor,que o companheiro estimava-a muito. Além dos móveis,todos de estilo,havia,ainda,as roupas,para as quatro estações,como os respectivos apetrechos,que não vale a pena citar,que de toda a gente conhecidos.
Quando já não havia mais nada para mostrar,os tempos esgotaram-se. A vizinhança que tivesse paciência e tratasse de arranjar outro filão. Aquele já não tinha mais nada para dar,a não ser uns pobres restos,que nem para o pequeno-almoço chegavam.

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