sábado, 13 de setembro de 2008

NEM DE PROPÓSITO

Havendo tanta gente disponível,logo ele fora escolhido para o cargo de tesoureiro em três ocasiões. Ao todo,feitas as contas,foram oito longos anos a lidar com dinheiro.
Nem de propósito. É que se tratava de um pobretana. Parecia haver ali,pois, mão de mafarrico,a provocá-lo,a tentá-lo,sem desarmar, com todo o tempo do mundo. Mas não consta que se tivesse apropriado do que quer que fosse. Pelo menos,nunca se lhe viram os famigerados sinais exteriores de riqueza. Tivera,até,sempre uma vida muito encalacrada.
Era para ter ido ao cofre,em momentos de aflição. Ter-lhe-ia apetecido,com todos os diabos a incitá-lo? Sabe-se lá. Mas talvez um dia se saiba. Ora sopre aqui no tubinho. Olha o maroto,que esteve,algumas vezes,para enfiar a mão no monte das notas.
Mas porque é que o desgraçado aceitou? Era um serviço que alguém tinha de prestar,e como não lhe custava servir dissera sempre que sim. Há gente para tudo,por carolice,por exibição,por oportunismo,e sabe-se lá mais o quê. Há sempre alguém que não gosta de dizer não,por carolice,por exibição,por oportunismo,por...

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