quarta-feira, 10 de setembro de 2008

CORREDOR VERDE

Pela maneira como entrara,cheio de importância e de pressa,parecia ele também mandar ali. Na mão direita,levava uma pasta,que devia estar a abarrotar com documentos dos seus negócios. Os olhares que alguns lhe deitavam eram de grande respeito e admiração. Como é que ele se sujeitara a uma coisa daquelas,andar ali,como um qualquer?
Mal o viu,um segurança abeirou-se dele,solícito,talvez sinal de que fosse ele patrão,pelo menos,em parte. Não mais o largou. A segurança que ficasse para depois,que outro valor mais alto se levantara. Pegou em dois cestos e neles foram caindo coisas,sobretudo garrafas de vinho,de marca,certamente. O homem,pobre dele,iria derreado,a um peso daqueles,mas triunfante e agradecido também,pela confiança não enjeitada.
Foi capaz de não se ter submetido a uma bicha,face á urgência transparecida. Terá usado,talvez,um corredor verde,quem sabe?

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