Era um chefe que prezava a pontualidade na entrada para o serviço. Um peão tinha de estar no seu posto desde a hora zero,para acudir a qualquer eventualidade,como um bombeiro. Era para isso que se lhe pagava. Podia não ter nada para fazer,mas isso era o menos,não tinha qualquer importância.
Havia,claro,o livro de ponto. Os que pisassem o risco,quer dizer,quando não o encontrassem,que ele saía do seu lugar no tempo exacto,já sabiam que não se livravam de uma falta injustificada. Não queria saber de desculpas. Mas ele ia mais além.
Postava-se na sua varanda,num primeiro andar de rua muito movimentada,mesmo em frente de uma praça de táxis. Ai daquele que se atrasasse. Ouvia das boas. Era espectáculo de graça para quem estivesse lá em baixo. Sabendo disso,não perdiam um.
O mesmo rigor não era aplicado à saída. Quem pagava era o pobre do contínuo,que quereria ter asas.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
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