O comboio ouvia-se já. A coragem abrandara e a disposição não era a mesma de há momentos. Tinha apenas vinte anos. A aproximação do fim amedronta,talvez até o mais santo.
Quando o encontro ia quase a dar-se,ainda fez uma tentativa desesperada para escapar. Não morreu,mas ficou sem um braço e sem uma perna,a lembrarem, para sempre, a intenção e o recuo.
Que seria dela agora? Não passava de uma deficiente,de um tropeço. Quem a quereria?
Na sua terra,vivia um jovem em crise. Ainda muito novo,adquirira posição de relevo em empresa prestigiada. O tentador a proveitou-se da situação,levando-o a abusar da confiança granjeada. Uma quantia avultada levou descaminho. Foi condenado e cumpriu a pena.
A sua eficácia não fora esquecida,bem como a falta grave. Readmitiram-no noutro posto,afastado de tentações. Via-se que andava inquieto. Não lhe bastava o perdão. Queria reconquistar a confiança antiga,que ele desbaratara em má hora. Sentia uma incontida necessidade de cometer um feito que removesse, de vez, a mancha que persistia,restituindo-lhe a imagem passada.
Procurou e julgou ter descobert,o. Casou-se com a infeliz arrependida.
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
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