sábado, 22 de novembro de 2008

UM HOMEM PERIGOSO

Tão contente que ficara o moço com a lembrança do pai. Naquela semana,iria acompanhá-lo,lá na sua vida de terra em terra. E logo na primeira noite,o que lhe havia de suceder na pensão em que ficaram instalados.
Então,é este o filho mais velho de que me tem falado? Está aí já um homem feito. E bem parecido que ele é. Está mesmo bom para a minha filha,e se ela o não quiser,não me importava de ficar com ele,pois o meu marido já lá vai.
O diabo da mulher,o que ela estivera para ali a dizer.O moço esperava lá uma coisa daquelas. Estava crescidinho,é certo,mas ainda muito novo para casar. A mulher devia ter estado a mangar. O certo é que aquelas tiradas perturbaram-no bastante. Ele não sabia o que era,mas lá na sua cabeça iam coisas muito próximas de uma revelação. Crescera de repente.
Um pouco mais tarde, aconteceu-lhe outra que se veio somar à primeira. Num passeio com mais gente,a certa altura,calhou caminhar entre marido e mulher. De súbito,a senhora passou-se para o lado do marido. Mas que é isto? Querem ver que já me consideram um homem,e,pelos vistos,um homem perigoso?

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