O senhor Richard Dawkins é uma pessoa de muito talento. É professor,é biólogo,é investigador,é escritor,é divulgador,graças a Deus,diria um crente. Mas não é um professor qualquer.É um professor de Oxford.
Independentemente de toda esta excelência,graças a Deus,diria outro crente,tem o direito de,como os demais,talentosos ou não,de expressar,livremente,as suas ideias,e, também, de as defender,em contraposição a outras,por mais divergentes que sejam. Mas isso,com a devida lisura,no pleno respeito dos outros,como,aliás,consta dos seus mandamentos.
Como é corrente dizer-se,nada é absoluto,incluindo as ideias. Absoluto,só Deus,em que o professor Dawkins,de Oxford,não acredita. Foge dele como o diabo da cruz. Portanto,quando ele O combate,de que sairia derrotado,não é contra Ele,está visto,que investe,mas sim contra a ideia da sua existência.
O senhor professor Dawkins é uma pessoa extraodinariamente dotada,e, assim,muito mais dotada do que o comum dos mortais. Tem,pois,uma grande sorte. Pode afirmar-se que lhe saiu a sorte grande. É que podia ter nascido burrinho,o que não aconteceu,para bem dele,ou mal,quem sabe? Tê-lo-ia impedido de ser aquilo que é,um poço de ciência de ponta,não a de trazer por casa,como a do simples peão,e mesmo de muitos outros que não andam a pé. E não só. De ser aquilo que é,com todas as vantagens que isso traz,dinheiro,respeito,consideração,até adoração,de que ele não gostará.
E devia estar agradecido por isso. A quem? Isso seria com ele. A Deus não,nem pensar,porque não acredita nEle. Mas agradecer ou não,uma coisa é certa. Ele,como um vulgar qualquer,é fruto da circunstância,uma coisa muito complexa,que ele muito bem conhece,muito próximo de melhor do que ninguém. Circunstância,para uma muito apreciável parte da qual não pôs prego nem estopa,como é uso dizer-se.
É,pois,como qualquer um,um ser gratuito. Recebeu. Para dar? O quê? Isso é com ele,como para qualquer outro. Dirão os crentes,nasceu por obra e graça de Deus.
O senhor professor não tem,pois,todos os direitos. Não tem direito,por exemplo,de pôr todos os crentes no mesmo saco. Isso não é de um cientista,e então um do seu nível,que sabe que não deve generalizar. Têm de contar com a diversidade,tal como com espécies,variedades,cultivares. Há muita boa gente que acredita,que acreditou,aqui ou em qualquer outro lugar,de muito boa fé, em Deus. Que precisa dEle,como de pão para a boca . E isso,repete-se,de muito boa fé,sem pensamentos reservados,numa relação sã ,de filho para pai. Há gente assim. Devem ser milhões,muitos milhões.
Há gente,e houve,que acredita em Deus,de um modo mais ou menos consequente,que pauta a sua vida por tudo quanto decorre dessa crença,e não até à última consequência,porque são muito parecidos com os que não acreditam.
E aqui chegados,chegou-se ao que mais importa. O senhor professor não tem o direito de dizer que,"Entretanto,fazer coisas horríveis é uma parte lógica do processo de acreditar em Deus". É isto inqualificável. E ,depois,exclui os não crentes de tais actos. Vamos cair sempre no mesmo,já é má sina. Dum lado,os bons,os não crentes,do outro,os maus,destinados,arrastados,empurrados,a fazer as piores maldades,os crentes. Ora bolas,para tanta ciência.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário