sábado, 8 de novembro de 2008

SUOR DO ROSTO

A senhora dava graças a deus por o seu filho não ter de trabalhar. Seria oportuno,então,lembrar-lhe o ganharás o teu pão com o suor do teu rosto. Mas eu nunca ouvi tal sentença,poderia ela responder. O meu deus não cuida dessas coisas,tem mais em que pensar. E aquela lembrança era despropositada. Cada qual tem o direito de acreditar no deus que quiser.
Mas a senhora poderia ter acrescentado que o seu filho era muito doente e que assim estaria impossibilitado de despender suor para se sustentar. Teriam rezado os dois para ficar dispensado de fazer esforços. E o seu deus tê-los-ia atendido.
Mas ela ficara apenas pelo que se ouvira,que ela dava graças a deus por o seu filho não ter de trabalhar. E dizia-o,como que insinuando que ele não precisava de o fazer porque a mãezinha tinha muito dinheiro.
Era caso,assim, para lhe perguntar que deus era o dela que isentava o filho de tal dever?

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