domingo, 2 de novembro de 2008

NÃO SEJAM TROUXAS

Todo o mundo o devia conhecer, seria sua firme convicção. Tinham sido,de facto,numerosas as vezes em que a sua figura garbosa,não há longo tempo,fora vista por muitas plateias. A idade deixara marcas,era certo,mas ele ainda se sentiria pronto para todas as curvas.
Ali,naquele cruzamento de grande azáfama,à conversa com alguns amigos,a sua vista varria em redor,persistentemente,quase sem olhar para os companheiros.
O assunto que os juntara era banal. Trabalho à jorna. De vez em quando,ouvia-se a sua poderosa voz. Façam como eu. Só contrato gente reformada. Vêm por menos, e ainda ficam muito agradecidos por se lembrarem deles.
Partia,de novo, à aventura. A sua cabeça rodava à direita e à esquerda,qual catavento em dias de forte e vária aragem. Todo ele se empertigava,feito jovem,para melhor o mirarem.
Então,não me reconhecem? Olhem que estou aqui ainda muito capaz. Pois procedam como eu. Ficamos todos a ganhar. Não sejam trouxas.

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