Praticavam o chamado venha a nós. Não seriam os únicos,nem seriam os últimos,pelo andar da carruagem. Mas eram especiais. Usavam métodos,ou técnicas,como se lhes queira chamar,lá muito deles.
Quando partiam para férias,nunca se esqueciam de levar uma rima de sacos de plástico na mala do carro. Pode dizer-se mesmo que lhes reservavam lugar nobre. É que eles iriam prestar-lhes um grande serviço. Para ser mais claro,iriam permitir-lhes reduzir ou até anular a despesa com a estadia.
De vez em quando,lá partiam eles em digressão,por aqui,por ali. Iam de olhos bem abertos,inspeccionando a paisagem,como avaliadores experimentados. E quando as condições se proporcionavam,os sacos entravam em acção. Tudo o que viesse à rede era peixe. Mas tinham as suas preferências,cabendo o primeiro lugar às castanhas,seguindo-se as maçãs e as uvas.
É claro que no regresso,não era só a mala a contemplada. O carro tinha,porém,muito espaço livre,que gostosamente se deixava ocupar. Talvez fosse esta colheita o melhor das suas férias.
domingo, 16 de novembro de 2008
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