Era uma freira nova que estava de serviço. Era ela que fazia as despesas da explicação do que estava exposto,que era muito,e de muito sério significado. É que tudo aquilo que se iria ver estava carregado de muita fé,de muita esperança,de muito desapego.
Fê-lo com desenvoltura,com clareza,com precisão,como se fosse uma máquina. Tê-lo-ia feito já muitas vezes,não importa. Talvez por tudo isto,fê-lo de uma maneira fria,muito longe,portanto,
da nada fria marca de cada um dos objectos nas vitrinas.
A explicação terminou e cada um lá foi ver o que quis e da maneira que entendeu. Ela ficou lá à espera de outra leva de gente,para,de novo,desempenhar o seu papel. Mas ficou disponível para qualquer esclarecimento. E foi o que,pelo menos,um certo alguém fez.
E foi como que uma revelação. A sua cara abriu-se num sorriso,os seus olhos iluminaram-se. Não parecia a mesma de há bocadinho. Parecia uma outra. Nem parecia uma freira. Que olhos bonitos ela tinha. Uns olhos azuis,de um azul muito claro. Uns olhos nórdicos.
sábado, 29 de novembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário