quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

ALARME

Ali parecia haver paz. Pombos faziam pela vida e o silêncio era a voz da esperança. Lá no alto presidia o santo.Dava para armar ali tenda. A tanto não se tinha chegado,mas bancas não faltavam. Mercadejavam-se ofertas para o dispensador de dádivas. Uma delas obrigara a trocos que só a caixa forte,a dois passos,dispunha.Aconchegada num assento,uma velhota rezava. Palavras não se lhe ouviam,mas os lábios dispensavam-nas. Assim estaria tempos sem fim,se não fosse a curiosidade de um atrevido. Há gente para tudo,até para perturbar conversas com o além.Vem aqui muitas vezes? A branca cabeça disse que sim. Mas estava dado alarme. Os pombos não voaram,que a inquirição fora de mansinho,mas a velhota logo se levantou.Também já se estava fazendo tarde. O sol escondera-se e as sopas encontravam-se lá à espera. O santo também a aconselhara a debandar,pois do atrevido tudo se podia esperar

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