Era um velho baixinho,parco de carnes,de barba por fazer. Estava com setenta e quatro anos,mas parecia ter cem. Queria um empréstimo,pouca coisa,o suficiente para uma carcaça. Então,não tem reforma? Tinha,só que a receberia no dia doze,e estava-se ainda a três. Era uma reforma muito magra,como ele. Dava para muito pouco e bem depressa se ia toda. Segurava um cigarro por acender. Olhe que isso faz-lhe mal à saúde,e,depois,é muito caro. Sabia,mas era só um de vez em quando, para matar saudades. E aquele encontrara-o,por acaso,no chão. Mas olhe que é um empréstimo,repetia. Quando puder,pago-lhe. A gente há-de se encontrar por aí,pois a sua cara não me é estranha. Mas se quiser,procuro-o em casa. É só para um remedeio.
A LOAN
He was a very thin man. He said that he was seventy four years old,but he seemed older,perhaps because he was not shaved.He needed a loan, it was what he said, but a small amount,only to buy a little bread. You must have a pension,surely. Yess,I have,but it is only available later. It is a meagre pension,like him,it is spent fast.He holded a cigar not lighted. Look,you must know the tobacco is not good to health,and behind this it is dear. Yess,he knew well,but it was only one sometimes to kill the desire,and that had been picked up from the floor.As he had said ealier the money that he had accepted it was only a loan,not more. I pay to you immediately when I receive. How do you want? In your home or when we meet again? Your face it is not strange to me,you must live here about. It had been a loan,not more. He had his dignity,for the other to know.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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